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A mostrar mensagens de junho, 2017

O MENINO ARDINA

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A correr e a saltar Lá seguia o seu destino Pelas ruas de lisboa Sacola ao ombro Olha o Século, o Diário Popular Apregoava o menino; De rosto glabro Para os elétricos corria veloz Ou nos autocarros entrava Para vender todos os jornais Do revisor se esquivava; Sempre ao alvorecer Ou no final de tarde Pé no chão e manga arregaçada Fizesse frio ou calor Ao ombro levava a sacola Mais pesada que os livros da escola Um aluno que era um primor Muito pobre mas educado Nunca lhe faltou amor E no bolso um centavo. Rosto alegre e feliz Que o tempo ainda conserva. E.G. 29/06/2017 Foto de: Eduardo Portugal

MOZART - Concerto para Piano nº21 K467: Segundo Andamento

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Mozart compôs e executou este concerto quando estava no ponto mais alto da sua popularidade, em 1975. É provavelmente mais conhecido devido ao filme dos anos 1960, Elvira Madigan e tem-lhe estado associado desde então. O Andamento lento deste concerto demonstra a subtileza da arte de Mozart - sendo à superfície um exercício sublime num lirismo tranquilo, está longe de ser um idílio poético. As cordas decididas do baixo conferem um sentido de persistência e as acentuações orquestrais repentinas despertam pensamentos obscuros, deitando sombras sobre as cordas líricas. O ouvinte, embalado por uma sensação de segurança, apercebe-se de desconfortantes tendências divergentes na música, à medida que os modos maiores e menores se confundem até à serenidade do tema principal que se impõe. Espero que gostem e desfrutem deste momento de pura magia com a pianista Anna Fedorova. E.G. https://youtu.be/_WXtE3be-JM

CONTIGO PARA A ETERNIDADE

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Preparo-me para me deitar e penso em ti  Sonho em te abraçar, em ter-te aqui O teu rosto vem-me à memória. Vemos os teus olhos cristalinos  Olhos esses, que refletem a luz  Contemplo esse sorriso  Esse sorriso que me seduz. Sinto o toque das tuas mãos Sinto o toque dos teus braços  Breves gestos de ternura Num repente desperto. Vejo o que tenho perdido  A mágoa que me tortura  A dor que me corrói lentamente  O medo que está escondido  Ou a coragem que me falta. Para chegar junto a ti  E dizer o que tenho sentido  Quero dizer-te que te amo  Quero alcançar essa felicidade  Quero estar contigo  Para a eternidade. E.G

PORQUE HOJE É DOMINGO

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A ARTE É POESIA Uma história entre tantas histórias é a história que gostaria de contar. Acontece que estou demasiado irritado comigo mesmo e certamente seria a história mais aborrecida algum dia contada e sem interesse nenhum. Vou por isso dar continuidade a outro raciocínio nestas linhas absurdas em busca de tranquilizar um pouco o meu espírito. Falar de poesia não é fácil, como o não é de pintura, música ou outra expressão artística, mas falar da generalidade expressa nas obras de cada autor, pensadas e criadas no seu interior imaginário, não é o mesmo que se expressa depois que as mesmas ganham forma e menos ainda, quando tornadas públicas. Quando se fala em criação (de criar algo ou alguma coisa) apetece-me dizer que todos os artistas são imaginativos, construtivos e inovadores, assim, nos permitam desenvolver tais capacidades, livremente, apoiando e incentivando tais veias artísticas, numa liberdade de expressiva do ser que dentro de nós existe. Somos dotados de capacidades extra