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A mostrar mensagens de março, 2017

CORAÇÃO UNIVERSAL

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Sinto-me arrastado pelo teu querer sem fim, Quando a tua súplica ecoa dentro de mim, Gritante, que fazem penar ainda mais meu coração; Nesse teu amor, proclamando a sua pouca sorte, Palavras aos ventos, que não são do sul nem do norte, Mas que geram em mim, sentimentos de gratidão. Do sonho que ninguém nos desperta, Augúrios que a alma ou mente liberta, Em forma de espírito... Transversal; Sinto-te prazer, num versejar de amor, Num adorno luzente, castrado em flor, Inconsolável coração... Tão universal. E.G.

PEDRA NO SAPATO

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Das pedras no caminho construí castelos. Dos dias de indigência, o meu sonho imperfeito. Numa realidade que não é minha, indiferente, vagueio: - Por entre sorrisos, opiniões, olhares, gostos ou comentários. Perdido num tempo que nunca foi meu, tempo que não cura... Foge; corre ao encontro de nada, ansiando a chegada. Pensamentos bisbilhotos, Gestos remotos, Sorrisos mortos, Destinos ignotos. Penso e repenso, e… o silêncio, nada me diz. Coração, exangue… entanguido, recluído, languido. Sem promessas, adensam-se as vozes em uníssono, Surdamente num calcamento interior e mordaz! Regozijo-me interiormente, No auge do meu descontentamento, Pleno e sem convicção, na certeza porém, Que almejarei o meu Pôr-do-Sol. E.G.

A VERDADE DO POVO

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Os tempos mudam... E eu sinto grande tristeza:  Que invade a cada dia, a cada hora, a cada segundo  por ver tanta guerra, miséria, tanta pobreza… Egoísmo, falsidade e corrupção neste mundo. Das promessas eleitorais às lutas partidárias... São vorazes, autênticos predadores, tão iguais… Enredados em políticas comuns, arbitrárias… Que silenciam, os vários padrões nacionais. Emigrar ou ser migrante... O destino, é o mar que não poupa vidas quem nele se atravessa… Por falta de atitude, tudo pode e vai piorar, Se não houver soberania que o impeça. Assim... Assisto e caminho entre os mais com o lamento que aqui vos deixo; Lembrando palavras tão presentes, tão reais… As do poeta Português, popular, aqui deixo.  E.G.  ( António Aleixo - Porque o Povo Diz Verdades ) http://www.bookess.com/profile/ernestogomes/books/ PLATINUM XVIII

Amor em tempo de guerra

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Ela caminhava num passo lento, descontraído, mas firme. Era mais uma pessoa entre a multidão. Não se distraía a não ser para admirar alguma montra com coisas simples, mas bonitas, como era o seu ar desengonçado, mas gracioso. Nas ruas as pessoas circulavam apressadamente num vai e vem constante como se não houvesse amanhã – possivelmente não há – numa indiferença estonteante, mas que a ela lhe era completamente indiferente também. Sim, porque ela era filha da “indiferença”, a mesma que reinava diariamente nas ruas de todas as grandes cidades. Habituada a cirandar pela cidade como se de um carrocel se tratasse, num entra... Sai... Monta... Desmonta... Enfim! As horas passam, os dias correm, e as pessoas voam. Não se lhe conhecia parentes, amigos ou namorados, talvez por ser discreta, reservada. De vez enquanto se detinha a comtemplar algo que lhe chamava mais atenção, deixando soltar um breve e gracioso sorriso, o mesmo sorriso que ainda hoje os meus olhos guardam. O meu caminho era out
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Só a liberdade de ser quem somos, nos permite alcançar os objectivos com que sempre sonhámos. E.G.

SONETO À MULHER

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A ti mulher que tens o poder de procriar Alma que de muitos serdes, iluminam; Aventurada sempre serás num mediar Muitas das mães de seres que alienam. As lágrimas saídas dos teus olhos Gotas de misticidade, alegria e amor. Na vida e criação dos teus filhos Alma a tua de beleza e esplendor. Fruto de um ventre inacabado Fruto doce, paraíso do pecado Ainda assim... Luz que não se apaga, Tu, mulher, mãe, amiga, companheira Sublime corpo rosado de amendoeira Ser de luz, do sonho, de vida bem fadada. E.G.

METAMORFOSES

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Revestes-me de abraços, Pintando o céu de cores caprichosas. Na ironia da vida Plena de cansaços, Esvoaçando em fantasias graciosas. Num dia serás o fulgor, Noutro, efémera saudade. Num dia procurarás amor, Noutro só queres liberdade. A esvoaçar, a colorir todos os dias  Com a graciosidade com que nos guias De metamorfoses intemporais; Delicias-nos os nossos olhares Em voos majestosos, singulares, Em toda a existência de florais. E.G.

SENTIMENTOS VELADOS

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Não gosto da tristeza que pelo teu rosto fluí Que já nem teu sorriso ou as palavras disfarça. O teu olhar velado de melancolia em que senti Nostalgia envolvente que hoje me abraça. Sintomas perversos que o teu coração expele Na aridez da vida em que vives mergulhada. Silêncios gritantes de alma ferida que compele Num dia a dia de infortúnios ensombrada. Por tudo, por ti ficarei sempre atento Num amenizar dessa dor ou sofrimento Numa palavra amiga para te confortar; Voltará o céu a ficar estrelado e amanhece O teu sorriso voltará à vida, resplandece Ao encontro das raízes iremos festejar. E.G.

AINDA HÁ LUAR

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Ainda há luar... Depois de tantas e peculiares situações por ti vividas, eis-te morta na encruzilhada das emoções que já não sentes, mas que em ti teimam em permanecer tão despertas. Não sabendo lidar com todas elas, finges. Finges que há luar e que as estrelas te guiam num universo de cor púrpura ao som de um qualquer hino celeste! Pura imaginação... De quem muito pede e quer sem nunca ter querido... Ou talvez não saiba como se quer! Revoltas-te com as amarguras que a vida te mostra, numa constante retaliação para com o teu próprio ser, transformando breves brisas nocturnas que amanhecem em tempestuosos dias. Castigas-te pelo que a vida não te trás em vez de te alegrares com o que ela te ofertou. Não te censuro. Porque deliras inconscientemente num estado anacrónico, subjugado ao poder de um amor apocalíptico. Não existem rimas, versos ou poesias sem amor, sem paixão... A mágoa se reflecte através das tuas palavras. Choro a tua dor, partilho da tua infelicidade, mas não paro, sobreviv

DESNUDADO

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Sinto-me desnudado... De saudade... Não rio, canto ou choro Não sei para onde vou Nem tampouco onde moro. Sinto-me desnudado... Do céu estrelado, da noite calma Que me afagava a alma. Sinto-me desnudado... Do amanhecer que me cobria, Da alegria que existia... Me senti desnudado. A solidão existe. Num terrível dilema, Sinto-me desnudado... Na forma deste poema. E.G.