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A mostrar mensagens de agosto, 2017

Abraços

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OUVE O DOCE MURMURAR

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Murmúrios São palavras imperceptíveis Soltas Como o são os grãos de areia fina No areal de toda e qualquer praia. Palavras que voam no ar Em busca de refúgio Mais que tuas, também são minhas Descritas pelas ondas do mar Murmúrios Que se dissipam em verde espuma No mar da nossa saudade Quando a lua surge envaidecida Decidida A pôr fim ao nosso murmurar. Murmúrios de vida alheia... Caminhamos sobre pedras Como que de mãos dadas Em dias de sol ou noites estreladas; Pela noite dentro envoltos na maresia Que o sol já se foi a outros lugares Em busca de grãos de areia. Murmúrios São como ondas de mar Que as beiras conhecem bem O sussurro do coração é igual Mas os da alma não sabem. ERNESTO GOMES https://pastelariaestudios.blogspot.pt/2017/08/passatempo-espuma-sol-e-pedras-ernesto.html

TEU CORPO RIMA A CORES

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Num imaginário branco te desenhei Um fresco em tela cheia à luz do dia Com as cerdas do pincel contornei Rimas do teu corpo a expirar poesia. Alvas pernas... A curva suave do teu peito Rosado como Hibiscos... Sensualidade No teu vente em flor imerge o conceito Em que traço no teu corpo atonalidade. Em versos ausentes de pudores Num imaginário branco te desenhei Linhas no teu corpo multicores Com as cerdas do pincel contornei O teu rosto angélico olhar magnânimo A expressão que encontrei ao olhar-te Poesias bailam nas cores com ânimo Ritmos de ébano no teu corpo estandarte. Delineei teus lábios de mel a tua cor Até ao amanhecer de um novo dia Paraíso do desejo universo de cores Rimas do teu corpo a expirar poesia. E.G. Imagem Pinterest, Óleo sobre Tela  Espatulado.  

UM FALCÃO NOS MEUS SONHOS

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Surgiste na minha vida por um acaso, ferido Triste, desiludido por não conseguires voar Trouxeste um novo sentido ao meu dia Socorri-te, alimentei a esperança desidratada Cuidar de ti em saudação à nova alvorada Para teus desígnios alcançares ao entardecer Pela tua, nossa força, o mundo queres voltar a vencer. Livre como sempre foste, rasgando os céus Voando nos mais altos cumes das montanhas Que jamais o ser humana logrou alcançar É esse o meu destino, cuidar do falcãozinho No meu sonhar que possas de novo voar Rapina meus medos para as tuas entranhas Voa liberto dos males do mundo falcão peregrino. Voa nos meus sonhos porque eu te sonhei Dar-te-ei asas de coragem para enfrentares o teu destino Oxigenando a tua vida te libertarei. Alcança altitude para lá das nuvens Voas para lá do firmamento sem mais regressares Nas despedidas recordarei a alegria do teu esvoaçar. Lacrimejam os meus olhos numa combustão sentimental Da saudade com que partiste da minha vida Sem tempo para me desped

LEMBRAS-TE AMOR

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  Lembras-te amor... Daqueles dias em que nos beijávamos às escondidas. Das escapadelas até aos bailes mais próximos nas noites de verão. Lembras-te dos sussurros ao ouvido enquanto dançávamos ao som da música, num murmurar que se pedia entre os sons da sala, à mistura com as inúmeras pisadelas que te dava, inconscientemente, por não ser um exímio dançarino. Lembro-me do primeiro beijo. Já muito tarde, quando os nossos corpos se encontravam entorpecidos de tanto serem amassados pelos pares de dança que por ali flutuavam. Lembras-te amor... Quando os nossos olhares se cruzavam num convite dissimulado, envergonhado mas de aguçado brilho! Olhavas-me como se eu fosse uma gasosa fresca o remédio para a tua sede... Apetecias-me mas tardava sempre um pouco mais tentando vencer a timidez ruborizada... Perdido nas tuas miradas que mais pareciam duas ( Laranjinas c’s) quando conseguia fixar por um instante breve, muito breve, enquanto encetava-mos ar nossa dança gaseificada a borbulhar nas e

BEIJO ROUBADO

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Do teu doce e atrevido beijo Que há muito tens guardado D'ele... Ah como sinto ensejo Do teu atrevido beijo Que de tão demorado Não vejo Porque de mim foi roubado Da boca de quem por ti quis Como eu... Muito além De tanto querer foi mais feliz Pelo teu beijo afortunado Mas como um beijo Não se nega a ninguém Sinto que te beijo sem pedires Se em mim estás nas horas De mim não poderás mais fugir Nos dias que me beijas Beijos roubados Porque é que demoras! E.G. Pintura de Jean-Honnoré Fragonard - Pintor francês (1732-1806).

AO CHEGAR A DESPEDIDA

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Todas as histórias têm um propósito, principalmente quando são contadas num banco de jardim, em tardes amenas, na companhia de tão perfumadas flores. No final sempre nos rimos, chorámos ou ficámos em silêncio. Entre os vários sentimentos aflorados, destaco a forma estranha em que duas almas se desnudam, permitindo assim que possamos entrar num mundo imaginário (ou não) de cada um de nós. Aprendemos sempre mais de cada vez que nos contam uma história. Eu aprendi. Que ao permitir que entrasses na minha vida poderia ser um momento de alegria e felicidade, mas se um dia decidisses partir, seria uma dor inevitável. No entanto, no desenrolar destes assíduos encontros com as múltiplas histórias fui-me afeiçoando cada vez mais à tua presença, à tua pessoa, a aceitar-te mais intimamente no meu círculo restrito de amizades que coloriam os meus dias. Confesso que num dado momento mantive alguma distância, como que a marcar o meu território, a tentar preservar o meu espaço - não podia permitir