LUZÍA



 Hoje escrevo para mim 

no desencontro 

do dia em que me lês;


Refresco-me no saber 

... cristalina água da fonte 

sacia a sede do meu ínfimo ser;

Gratidão sem demora 

na fonte que corre 

como quem chora 

sem motivos nem porquês;


Água é, espírito será 

brisa suave no rosto do caminhante 

não mais perdido 

não mais errante 

no dia em que me lês;


No desencontro 

escrevo para nós 

sem perguntas 

sem porquês.

E.G.


                                                                Imagem: tokkoro.com



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