TEMPO DAS ALMAS

Tempo das almas num despertar cósmico.

Não te vou dar mil razões para me falares do que não quero ouvir. Nem ouvirei mais os pregões que a tua boca teima em deixar sair.
Serei imune a tanta insensibilidade que carece do sentido de justiça.
Serei apenas um que esperneia, que grita ou chora. Que ri, canta ou assobia. Entre tantos uns... Ninguém vai dar por mim!
Caminho no meu passo lento, indeciso, receoso, porque... o amanhã não sei se vai existir, nem sei quem cá vai ficar para contar a história.

"Este é o meu tempo, o nosso tempo. Ainda vamos muito a tempo, no tempo que este tempo tem. Ainda há muito tempo para mim, para ti e para mais alguém."

O importante é fazermos das fraquezas forças e das tristezas cânticos. Manter-mo-nos firmes na fé (...) e com redobrada esperança. Não sermos insensíveis à dor alheia e ainda menos, fazer de conta que se ignora. Não querendo me imiscuir em demasia, nem me alhear completamente, porque sou humano e os humanos estão errados.
Assim, apenas me resta a luta diária na sobrevivência da espécie, evitando em cada dia, aqueles cantos isolados da vida onde o sol aparece manchado de noite. Onde os sorrisos são um esgar. Onde os sonhos se transformam em pesadelos.

Possivelmente, pensarás que me entendes e deixarás cair uma gota de orvalho no canto do olho... Ou então, estás-te nas tintas para tudo o que escrevi ou senti!
- Faz parte de um juízo pré-concebido!

Ernesto Gomes.
Foto de Palavras no Escuro.

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