ANJO LIBERTADOR
Sem conta, ele parou na contramão
Aflito pensava alta
Um chorrilho de palavras saia-lhe da boca.
As nuvens
Cobriam-se de negro numa loucura vertiginosa
Do céu romperam gotas soluçantes
Estremeceu o seu coração.
Mas que alma é esta...
Que pouco ou nada nos diz, só mostra
Dores extensas, lágrimas caídas
Sentimentos prescritos
Em plena agonia
Deu-se á noite de melancolia
Nos encontros vibrantes
Do amanhecer de um novo dia.
Banhou-se na luz do alvorecer e seguiu
Um rosto desenhado no céu
Emergia da letargia encantada
E em contramão
Ao encontro dessa ilusão
Doutra alma, liberta, d’outra estrada.
E.G.
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