VALE DAS ALMAS
Sopra um vento gélido no vale sombrio
A chuva se anuncia ao som da trovoada
As árvores dançam, gemem os ramos de frio
Retratando a tarde do lenhador amaldiçoada.
Pensamentos que se perdem ao longe, então
Pobre homem que chora, humilde pecador
Há humidade na masmorra tristeza há solidão
Sofre as intempéries com a perda d’um amor.
Uma luz difusa e ténue surge finalmente
Pelas paredes cavernosas do empedrado
A natureza decide iluminar, aparentemente,
A esperança do lenhador ao frio condenado.
Uma silhueta de capuz vislumbrou
Pela quadrada minúscula janela da porta
Meu amor a tempestade já passou.
Murmurou a alma que pensou estar morta.
E.G.
Imagem: Pinterest.
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