APENAS POEMA
Desliza a caneta na folha branca
Sem dó, quando rima na pena;
Gemendo no soluço da garganta
Para um dia se tornar poema.
Das penas com que nos ferem
A alma que não sinto... Partiu;
Nos choros dos que se perdem
Na escuridão, tão só e tão vazio.
Caminho longo, estreito, rectidão,
Muito mais além que um dilema;
Olhar distante, perdido na imensidão
Onde um dia pudeste ser poema.
E.G.
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