BARCO DE PAPEL


(Novo tarabalho editado em "Poesias com Reticências".
Espero que gostem

...

Escrevi teu nome... Indelével... Brancas velas...
Porque esperas...
Enfeiticei a noite que para ti brilhou
Para te dizer... Tu sabes do arroz transformado em papel...!
A vida também pode ser pautada...
Cantei-te melodias... Penso que não me ouves... É verdade
Que bordei o teu nome em todas as claves
O toque do mestre... Meu cinzel... Fiz-me ao mar revolto para te dizer... Silêncio; 
não queiras assustar os golfinhos... São seres maravilhosos.
Se o mundo fosse perfeito eu seria barco à vela... Talvez naufrago
Nesse mar revolto... Não, não vale a pena...
E não andamos todos ao sabor das tempestades!...
Esbracejo no mar, convulso, num histerismo...
Porque de tanto alarido ouso dizer... Teu nome...
As ondas vêm e vão... Os barcos também.
Fito o horizonte, vejo-te... O que a vista alcança... Meu porto de abrigo ou túmulo
Ancoradouro das paixões... Ouço a tua voz de cristal no meio de nenhures.
Eu... O teu nome... Viajo à deriva num barco de papel.
No mar sucumbi, apaixonadamente, afogado nos assovios dos golfinhos.
E.G.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

MYTHOS da Lua Nova

PLATINUM IX

LUZÍA

TOQUE DE ASA

TOQUE DE OUTONO

CONFIA

ANTES DO FIM

DANÇA NA CHUVA