CORO DE CINZAS
Ecoam gritos de revolta no meu país
inconformismo latente, olhos rasos de água
causas perdidas, devoradas pelo fogo... Rezo.
Rezo ao divino, imploro, tento agitar consciências...
Sensibilizar o mundo para o aquecimento Global;
manto de cinza, outrora, já branco
pleno de gelo e cheiro a Natal.
Rezo pelas mentes estagnadas
rezo pelos que sofrem
pelos incultos, pelos causadores deste tempo
pelos tempos sem perdão
pelas dores escondidas;
rezo pelas incertezas do ar que respiramos
pelo pranto da natureza queimada
pelos lares destruídos, vidas ceifadas
pela nossa incompreensão...
Latente nas acções indevidas.
Rezo pelos que não têm pão
rezo pelo povo das Aldeias de Portugal
ignoradas, esquecidas, num quase abandono
rezo pelas vidas na solidão.
Habitantes desiludidos, tristes, amargurados
manto de cinzas onde devia existir cor
sinos repicando badaladas de natal
por todas as famílias rezo.
mas, entre gente ilustrada,
talvez me digam que não presto,
porque não presto p`ra nada.
Antonio Aleixo.
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