A SAÚDE MENTAL



Ainda que hoje se viva (e cada vez mais) na era da comunicação, as informações correctas sobre algumas situações de saúde mental ainda é escassa, não chegando à maioria das pessoas, nomeadamente, aquelas que lidam mais de perto com a doença, quer de forma directa, ou indirectamente.
A saúde mental, enquadra-se por isso, numa palavra estigmatizante ainda para a maioria das pessoas... que de certa forma, é um dos grandes obstáculos ao tratamento, controlo e acompanhamento dos doentes.
O estigma social que é associado às doenças do foro mental, leva a que os doentes que sofrem sejam descriminadas, agravando ainda mais os seus problemas, o que torna a tarefa dos seus cuidadores e técnicos ainda mais pela consequente descriminação, limitando por isso, de certa forma, a capacidade dos tratamentos das doenças relacionadas com a saúde mental... como a disponibilidade de habitação, as oportunidades de emprego e integração social, o que por si só, aumenta ainda mais todo o estigma social associado às doenças mentais. Situações, que afectam não só os doentes, mas também os seus familiares e amigos, como também, a todas as pessoas que lhes prestam cuidados, nomeadamente, os técnicos de uma forma transversal.
A lei Portuguesa de protecção à saúde mental é efectivada (deveria ser efectivada) através de mais medidas que pudessem contribuir ainda melhor para assegurar ou  restabelecer o equilíbrio psíquico de todos os doentes, como também, favorecer o desenvolvimento das capacidades envolvidas na construção das personalidades de cada um  e promover a sua integração crítica no meio social em que vive, de uma forma plena.
Em alguns casos, existem doentes que não conseguem viver independentes, porque têm atitudes sintomáticas de irresponsabilidade grave ou não possuem as competências que são necessárias para viver em comunidade. É aqui, que devemos exercer a nossa atenção continuada e o Estado, deve obrigatoriamente, proporcionar, não só aos doentes como aos seus familiares as capacidades para executar todas as funções inerentes à doença, no apoio ou através das instituições de apoio social.
Os familiares são sem dúvida alguma, os prestadores de cuidados mais importantes para os doentes de saúde mental, devendo o Estado por isso, transmitir a máxima informação possível aos familiares e sempre que for necessário, ter um desempenho mais activo na disponibilização dos serviços e instituições de apoio ou internamento, não se ausentando tanto da responsabilidade para com todos de forma sistemática, deixando os doentes e seus familiares, numa luta desigual, que agoniza e esgotaria (...) se não fosse o seu amor incondicional pelos seus entes queridos.
É meu desejo, transmitir a todos(as) aqueles(as) que de alguma forma estejam em sofrimento, que estas palavras possam amenizá-lo um pouco mais e ao mesmo tempo sirva de alerta para os que lideram (...) os destinos do país e dos seus cidadãos.
Bem hajam a todos... "As perturbações mentais, são verdadeiramente Universais! "

E. G.




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