"ADVERSO

De tão doces, amargos me deste
Nas palavras silenciadas de espera.
Névoa suave, calor e frio fizeste
Uma ténue brisa... Cálida quimera.

Como um raio que o céu rasgou,
laivos de azul o dia estremeceu
De luminosidade a vida enfeitou
E em meus braços a noite adormeceu.

Viajante de um tempo eremita, saudade levo
Memórias rasgadas, subtilezas, que o ego cala.
São desditas, aquelas que jamais escrevo
Correntes arrastadas de um mal que se propaga.

Um todo, um nada, fúteis pensamentos...
De quem o esplendor sonhou alcançar
Áridos desejos, nobres sentimentos,
De uma alma, sem rima parece estar.

E.G.

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