NÃO SEI O QUE TENHO

Será que sou sentimental... 

Ou não serão mais que palavras 

Que saem do meu sentir... 

Sinto ou não sinto, afinal, 

Ou estarão as palavras erradas. 

Porque seremos, do que fomos, 

E tememos o que é vida; 

Entre o certo e o errado, 

Nunca perdemos o que somos 

Nem a esperança seja perdida. 

Enalteço o pensamento 

De quem assim possa pensar 

Por julgar estar mais certa 

Do que fica sempre por explicar 

Neste dividido momento. 

Não sei o que tenho, ou sinta, talvez 

Não esteja certo, seja só delirante, 

No recalco em que me teimo 

Ontem, hoje, doravante.
 
E.G.



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