VOZ DO SILÊNCIO


Ainda ouço o teu silêncio

Na distância que há entre nós

Murmúrios uníssonos

Que me embargam a voz;


Olhos laços, sorriso apagado,

Indiferente ao peso dos anos...

Iludindo o destino, transpiro de cansaço,

Ao romper o silêncio que ainda ouço.


Silêncios que anoitecem

E não amanhecem...

No luar que não perdura

Na noite nada acontece

E o dia não tem cura;


Assim... Silencio, grito revolta

No embargo que me espanta;

Ecos refinados de silêncio

Batem-me à porta

Versos jazem mudos na garganta.

E.G.

Imagem: Pinterest


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