AINDA HÁ LUAR

Ainda há luar...

Depois de tantas e peculiares situações por ti vividas, eis-te morta na encruzilhada das emoções que já não sentes, mas que em ti teimam em permanecer tão despertas. Não sabendo lidar com todas elas, finges.

Finges que há luar e que as estrelas te guiam num universo de cor púrpura ao som de um qualquer hino celeste! Pura imaginação... De quem muito pede e quer sem nunca ter querido... Ou talvez não saiba como se quer! Revoltas-te com as amarguras que a vida te mostra, numa constante retaliação para com o teu próprio ser, transformando breves brisas nocturnas que amanhecem em tempestuosos dias. Castigas-te pelo que a vida não te trás em vez de te alegrares com o que ela te ofertou. Não te censuro. Porque deliras inconscientemente num estado anacrónico, subjugado ao poder de um amor apocalíptico.

Não existem rimas, versos ou poesias sem amor, sem paixão... A mágoa se reflecte através das tuas palavras. Choro a tua dor, partilho da tua infelicidade, mas não paro, sobrevivo ao teu choro compulsivo; sigo em frente. A dor e a raiva são inimigas do amor.

Sempre soubeste que o sol nasce todos os dias nos sorrisos daqueles a que sorris e que o luar, não é mais do que uma luz ténue num espírito tranquilo e feliz!

Ainda há luar...

Desperta a beleza que há em ti, arranca todo o sentimento falido do teu corpo, despe-te desse egoísmo. Reveste-te de melodias de amor, numa aceitação única de um só ser, em comunhão com o divino, com base na tua descrença, acredita na potencialidade do teu coração... Porque um dia ele partirá! Ama, ri e chora o mais que puderes, mas de felicidade.

Eu sei que há luar; felizmente!

E.G.


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