PEDRA NO SAPATO
Das pedras no caminho construí castelos.
Dos dias de indigência, o meu sonho imperfeito.
Numa realidade que não é minha, indiferente, vagueio:
- Por entre sorrisos, opiniões, olhares, gostos ou comentários.
Perdido num tempo que nunca foi meu, tempo que não cura...
Foge; corre ao encontro de nada, ansiando a chegada.
Pensamentos bisbilhotos,
Gestos remotos,
Sorrisos mortos,
Destinos ignotos.
Penso e repenso, e… o silêncio, nada me diz.
Coração, exangue… entanguido, recluído, languido.
Sem promessas, adensam-se as vozes em uníssono,
Surdamente num calcamento interior e mordaz!
Regozijo-me interiormente,
No auge do meu descontentamento,
Pleno e sem convicção, na certeza porém,
Que almejarei o meu Pôr-do-Sol.
E.G.
Comentários
Enviar um comentário