PORQUE HOJE É DOMINGO



(Capítulo 8)


Pude constatar ao longo do ano diversas situações às quais não sou imune nem me isento de culpabilidade por nem sempre ter tido a coragem, a ousadia, a determinação ou até a possibilidade para alterar o que quer que fosse! Assumo plenamente a minhas fraquezas; no entanto, reparo nos constantes e amiúdes comentários feitos em determinadas etapas da minha vida, comentários que carecem de um quase total desconhecimento sobre a minha pessoa, como eu, que desconheço na realidade a maioria das pessoas que o fazem. O que não deixa de ser algo natural neste mundo cibernético em que vivemos.

Atravessamos, ingloriamente, um período de suspeição a vários níveis, de descrenças, de falta de transparência, vive-se... Ou melhor, sobrevive-se a este caos nacional tentando a qualquer custo um lugar na Arca de Noé, isto se houver tempo para construir uma!

Não sou perfeito, tenho consciência disso, no entanto, penso que serei muito melhor que muitos outros, ainda que a maioria sejam apenas vítimas das circunstâncias criadas pelos abutres que se alimentam da boa-fé e da generosidade daqueles que são denominados por povo português.

São as contas solidárias, os peditórios de rua, as instituições para albergar, cuidar e zelar, sejam as Fundações, a banca, as empresas público-privadas, as cantinas, o trabalho precário, Offshores, isto só para citar algumas coisas; O país está melhor? Claro que está! Os ricos mais ricos e os pobres mais pobres.

Assisto diariamente à divulgação de notícias que me indignam – como o caso da Raríssimas – a mais recente, sem no entanto ver outras situações esclarecidas e resolvidas, permitindo-se assim que continuem a pavonear-se por aí a gozar dos rendimentos obtidos à custa da legalidade (...).

Enerva-me o populismo presidencial sempre a querer estar em todo o lado, as constantes viagens a países estrangeiros por membros do governo, aumentando de uma forma descomunal as despesas financeiras do estado, dinheiro dos contribuintes. No entanto, as indeminizações às vítimas dos incêndios ainda não foram pagas! Talvez haja uma surpresa no discurso de natal do nosso presidente, talvez em vez de palavras possa levar o dinheiro nos bolsos!

Creio... Apesar de todo este cepticismo que algumas coisas se irão resolver até ao fim do ano e não porque seja natal mas porque é um direito que se lhes assiste e que o Estado está obrigado a cumprir sem demasiadas burocracias ou sem demoras, já basta o sofrimento causado pela natureza juntamente com a incompetência de algumas pessoas nas diversas instituições Nacionais.

Acordar no abraço e renascer, porque viver é muito mais do aquilo que nos têm oferecido!

Boas festas.

E.G.
...

Uma mosca sem valor

pousa c’a mesma alegria

na cabeça dum doutor

como em qualquer porcaria.
...
António Aleixo – Porque o povo diz verdades.

10-12-2017


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